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"NÃO ACREDITE EM NADA QUE SEU PROFESSOR DIZ! QUESTIONE TUDO!


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Suite Brasileira para Violoncelo e Piano (Mehmari)

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NOVIDADE: https://www.youtube.com/watch?v=NymoG_qNyLY

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Beethoven "Supreme"! A "Eroica!"

Ludwig Van Beethoven - 1770-1827

...Esta semana fui visitar a caverna mágica de meu amigo Flávio Caldonazzo, caverna esta cercada por tantos gigantes da arte. Seu recanto é sublime e aconchegante . Lá, a hora é imortalizada de prazer e deleite. É o perpetuar da amizade e da troca. E como aprendo ouvindo as histórias que ele me conta. De música, literatura, cinema, pintura, psicologia e tudo mais.....................mas o que temos em comum é certamente este desejo de compartilhar estes universos supremos da Arte. E assim em horas a fio de conversas e conversas, Flávio Caldonazzo brada e me diz que precisa ler um texto: E assim me ponho a todos "ouvidos" a entrar neste texto formidável que ele lê e fico ao final da leitura, estupefato e sem reação.

Nada mais que Beethoven! Nada mais que a Sinfonia que definitivamente mudou os rumos da História da Mùsica. A "Eroica!"

Com a palavra o crítico e jornalista:
*H.L.MENCKEN*

BEETHOVEN

Beethoven foi um daqueles homens cuja estatura, vista em retrospecto, só parece crescer. Quantos movimentos não surgiram para pô-lo definitivamente na prateleira? Pelo menos uns dez nos cem anos desde a sua morte. 

Houve um em Nova York, em 1917, lançado por críticos bocós e estimulado pela febre da guerra: pregava que o lugar de Beethoven seria tomado por profetas das novas luzes, como Stravinski. O saldo daquele movimento foi o de que a melhor orquestra da América foi a falência – e Beethoven sobreviveu sem um arranhão. 

Claro que o século XIX não foi deficiente em grandes músicos. Produziu Schubert, Schumann, Chopin, Wagner e Brahms, para não citar hordas inteiras de Dvoráks, Tchaikovskis, Debussys, Verdis e Puccinis. Nenhum deles nos deu nada melhor do que o primeiro movimento da Heróica. Aquele movimento, o primeiro desafio da nova música, continua a ser a última palavra. É a peça mais nobre de música absoluta já escrita em forma de sonata e é também a mais nobre em música descritiva. Em Beethoven, a distinção entre as duas formas era puramente imaginária. Tudo que ele escreveu era, de certa forma, descritivo, incluindo até as primeiras duas sinfonias, e tudo era música absoluta. Deve ter sido uma brincadeira dos deuses, a de opor Beethoven, em seus primeiros dias de Viena, ao papa Haydn. 

Haydn era inegavelmente um gênio e, depois da morte de Mozart, não tinha qualquer razão aparente para temer um rival. Se ele não criou realmente a sinfonia como a conhecemos hoje, pelo menos enriqueceu a forma com suas primeiras autênticas obras-primas – e não com uma ou duas, mas literalmente com dezenas. As mais complexas harmonias pareciam jorrar dele como petróleo de um poço. Mais ainda, sabia como dominá-las, porque era um mestre da arquitetura musical. Mas, quando Beethoven entrou em cena, o velho Haydn teve de descer um degrau. Era uma gazela contra um touro: com um bramido, o combate**terminou. 

Os músicos costumam ver neste combate uma mera disputa entre técnicos. Admitem que a habilidade e engenhosidade de Beethoven eram muitíssimo maiores – que tinha um controle mais seguro sobre seu material, mais ousadia e criatividade, um conhecimento muito maior da dinâmica, dos ritmos e dos matizes –, em suma, uma musicalidade tremendamente superior. Mas não foi isto que o tornou tão superior a Haydn – porque este também tinha suas superioridades: por exemplo, seu constante estado de alerta inventivo, sua capacidade para escrever melhores canções. O que alçou Beethoven acima do velho mestre foi a sua dignidade como homem.

 Os sentimentos expressos por Haydn pareciam os de um pároco de aldeia, de um corretor da Bolsa ou de um violista carinhosamente enternecido por Kulmbacher. Quando chorava, era com as lágrimas de uma mulher que acaba de descobrir uma nova ruga; quando se mostrava feliz, era com a alegria de uma criança na manhã de Natal. Em contrapartida, os sentimentos que Beethoven punha em sua música eram os sentimentos de um deus. Havia algo de olímpico em suas iras e rosnados; e, quando gargalhava, era com um toque do fogo do inferno. Literalmente, não há um traço de vulgaridade em toda a sua obra. Nunca é doce ou romântico; nunca derrama lágrimas convencionais; nunca toma atitudes ortodoxas. Em suas passagens mais ligeiras, há a imensa e inescapável dignidade dos velhos profetas. Ele se preocupa, não com as agonias transitórias do amor romântico, mas com a eterna tragédia do homem. Ê um grande poeta trágico e, como todos os grandes poetas trágicos, obcecado pela inescrutável falta de sentido da vida. 

Da "Heróica "em diante, raramente desligou-se deste tema. Ele ruge através do primeiro movimento da "Dó Menor "e chega à sua estupenda declaração final na "Nona". Tudo isto era novo em sua época, causando murmúrios de surpresa e até indignação.

 O passo dado, da Júpiter de Mozart para o primeiro movimento da Heróica, foi perturbador; os vienenses começaram a ficar inquietos em suas primeiras filas. Mas havia um entre eles que não se inquietou, e chamava-se Franz Schubert. Consulte o primeiro movimento da sua "Inacabada "ou o lento andamento da Trágica e constate como o exemplo de Beethoven foi rapidamente seguido – e com que gênio. Houve um longo hiato depois disto, até que o dia 6 de novembro de 1876 amanheceu em Karlsruhe e, com ele, veio a primeira apresentação da Dó Menor de Brahms. Mais uma vez os deuses tinham entrado numa sala de concerto – e entrarão de novo quando nascer outro Brahms, não antes, porque nada pode sair de um artista que já não esteja no homem. 

O que minimiza a música e todos os Tchaikovskis, Mendelssohns e Chopins? Ê o fato de que é a música de homens vazios. Bonita, sim, e freqüentemente – à sua maneira. Ê infinitamente engenhosa, profissional e tem certas idéias musicais encantadoras. Mas é tão oca, no fundo, quanto uma bula papal. Ê música de homens de segunda classe. 

Beethoven desprezava todos estes artifícios: não precisava deles. Seria difícil pensar em outro compositor, mesmo de quarta classe, que trabalhasse com um material temático de tão pouco mérito intrínseco. Apropriava-se de canções onde as encontrava; construía-as a partir de fragmentos de motivos folclóricos; à falta do resto, contentava-se com uma simples frase ou algumas notas. Via tudo isto como material em estado bruto; seu interesse se concentrava em como usá-lo. Era a este uso que ele emprestava o impressionante poder do seu gênio. Sua engenhosidade começava por onde outros haviam parado. Suas estruturas mais complicadas retinham a clareza abrangente do Parthenon. E, delas, tirou uma espécie de sentimento que nem os gregos poderiam igualar; Beethoven era preeminentemente um homem moderno, sem o menor traço de barbárie. Em sua música havia o alto ceticismo característico do século XVIII, mas ele lhe insuflou o novo entusiasmo, a nova determinação de desafiar e bater os deuses, típicos do século XIX. Quanto mais envelheço, mais me convenço de que nunca houve um fenômeno tão portentoso na história da música quanto a primeira apresentação pública da "Heróica", a 7 de abril de 1805. Os redatores do programa camuflaram a obra com tantas camadas de especulações banais que seus méritos intrínsecos quase foram esquecidos.

Seria ela dedicada a Napoleão I? E, se era, a dedicatória seria sincera ou irônica? E daí? – quero dizer, e daí, para quem não seja surdo? Ela poderia ter sido dedicada a Luís XIV, a Paracelso ou a Pôncio Pilatos, sem fazer a menor diferença. O que a torna digna de discussão, hoje e sempre, é o fato de que, logo na primeira página, Beethoven atirou seu chapéu na arena e proclamou sua imortalidade. Sem concessões, sem pontes fáceis com o passado. A Segunda Sinfonia fica quilômetros para trás. Nascia uma nova espécie de música, cheia de desafios. Sem introduções melífluas ou conciliatórias; sem rodeios preparatórios para levar a platéia no bico e dar tempo ao regente para encontrar o seu lugar na partitura. Nada disso. Uma furiosa colisão da tríade tônica saía do silêncio e, de repente, sem pausa, a primeira exposição do primeiro assunto – amargo, dominador, áspero, rouco e, curiosamente, belo – com seu impressionante choque contra o elétrico dó sustenido. A carnificina começava cedo; estávamos ainda apenas no sétimo compasso. No 13º e 14º, o incomparável rolar da escala em mi bemol – e o que se seguia era tudo que já havia sido grande estilo, talvez tudo que "será "dito, sobre como fazer música em grande estilo. 

Tudo que se fez depois, inclusive por Beethoven, foi à luz daquele exemplo perfeito. Cada compasso da música moderna honesta tem uma dívida de gratidão para com aquele primeiro movimento. O resto da Heróica é beethovenês, mas não a sua quintessência. Diz a lenda que a marcha fúnebre só foi incluída por que era uma época de morticínios por atacado, e marchas fúnebres estavam em moda. Sem dúvida, aquela platéia da estréia em Viena, chocada e confusa pelos sucessivos desafios do primeiro movimento, deve ter ficado grata pela lúgubre melodia. Mas, e o "scherzo"? Outra perversa investida contra o pobre Haydn! Dois gigantes em luta diante de uma orquestra de anões soprando como loucos. Não admira que um sincero vienense gritasse das galerias: “Eu pagaria mais um "kreutzer "se esta coisa parasse!”. Bem, finalmente parou e então veio algo mais tranqüilizador – um tema com variações. Todos em Viena conheciam e adoravam os temas com variações de Beethoven. Ele era, de fato, o mestre dos temas com variações. Mas havia um coringa entre as cartas. As variações ficaram mais e mais complexas e surpreendentes. Coisas estranhas começaram a acontecer e aqueles exercícios tradicionalmente educados tornaram-se tempestuosos, temperamentais, cacofônicos e trágicos. No final, um áspero e exigente tumulto de acordes – era a "Sinfonia em Dó Menor" projetando a sua sombra. Deve ter sido uma grande noite em Viena. Mas, talvez, não para os próprios vienenses. Eles tinham ido ouvir “uma nova sinfonia em ré sustenido” (sic!). E o que encontraram no "Theater-an-der-Wien "foi uma revolução.– 1926-

HL Mencken -  Crítico e jornalista americano - 1880-1950

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Façam parte desta revolução. Vamos ouvir esta engenhosa obra numa execução memorável de Gunter Wand


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Paris! Um acalanto!

Maurice Ravel - 1875-1937
Silêncio! Mudo! Um afagar da noite e do dia fantástico. Tanto para aprender. Tanto para ouvir. Tanto para ser, compartilhar. Um mundo de música que não cabe no peito. Paris de Satie, de Debussy e de Ravel...............e de tantos outros mestres..........um cheiro de lembranças...............nas ruas que passei, ao sentir o poema que se ajoelha na Liberdade. E os sons que tanto me levam para outras jornadas, para paralelos de universos que muitos fecham os olhos ou desconhecem. Ahhhhhhhhhh Paris!

Duas gerações de artistas máximos - Martha Argerich e Lang Lang e com eles o presente especial de Maurice Ravel - A Suíte Mamãe Ganso! Uma carícia neste momento de tanto silêncio...........Que invada as almas, que acalme as dores, que leve ao paraíso da arte, todos que sofrem!

De joelhos, olhos fechados e pronto para o voo sem fim no mundo dos sons..........compartilho aqui esta maravilha:

https://www.youtube.com/watch?v=yoy0W37sHRs

Martha Argerich

Lang Lang






terça-feira, 3 de novembro de 2015

Parede Falante - Eduardo Galeano

Fiquei arrebatado pelo "O Livro dos Abraços" do escritor e poeta Uruguaio - Eduardo Galeano.

Esta Parede Falante vem ventando o que hoje acredito que o mundo mais precise: - Ser abraçado em sua totalidade. As pessoas estão cada vez mais distantes umas das outras e a educação anda cada vez mais superficial e solitária em sua principal função que deveria ser - Educar.

Este livro vem como um arrebatamento aos tempos de solidão que estamos vivendo. E se a vida aqui é tão urgente, acredito que a todo momento em que nosso poeta uruguaio escreve, tudo vira obra de arte e como ensina....

Eduardo Galeano - 1940-2015

E assim compartilho o que chamo de Música em palavras:

A Função da Arte/ 1

Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai, enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
- Me ajuda a olhar!


O mundo

Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus. Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.
— O mundo é isso — revelou — Um montão de gente, um mar de fogueirinhas.
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.



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Acredito fortemente nestas duas maravilhas acima. É preciso "olhar", olhar no sentido maior. Olhar imensamente, dos lados, pelo todo, se perder no mar.

Ahhhhhhhhhhh "mundo"!

Obrigado Galeano por estes diamantes em palavras e que você descanse em paz no reino da Arte!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Pérolas do Rocha! Zelenka!

É com muita alegria que apresento-lhes a estréia em nosso blog das "Pérolas do Rocha". Meu amigo e pesquisador incansável da arte e da música, Ailton Rocha, nos revela sua mais nova descoberta, a obra do compositor da Boêmia - Jan Dismas Zelenka, Abaixo vocês poderão desfrutar um pouco deste universo num belo texto de apresentação e introdução deste importante compositor barroco.


(Não deixem de conferir outros textos imperdíveis sobre música e arte no blog Palavra e Melodia de Ailton Rocha.)
http://palavraemelodia.blogspot.com.br/


Vamos ao tesouro! Vamos ao texto!
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Jan Dismas Zelenka(1679-1745)



A ‘Missa Votiva’ de Zelenka

(ailton rocha)

“Esta obra não foi criada como encomenda, o que a torna um exemplo ainda maior de arte vinda da necessidade mais íntima da alma. Escrevera-a Zelenka como agradecimento ao Criador pelo recuperação da saúde, após um doloroso período de enfermidade...”



Um excelente compositor que descobri por esses dias é Jan Dismas Zelenka (1679-1745). Apesar de exumado no século passado, nos anos 50, ainda hoje continua sem a atenção que merece. Essa pouca vontade de nossa era a um dos mais originais compositores barrocos é uma das maiores injustiças que já vi. Caso não conheçam, recomendo-o veemente.

Surpreendentemente original, Zelenka estrutura a orquestra como os compositores do século 20. Ao ouvi-lo em uma programação de rádio, tive quase a certeza de que era compositor moderno, da época de Poulenc. Uma das características que mais distingue Zelenka de seus contemporâneos, além do inventivo contraponto, é o ritmo, com enfoque no grave para se destacar entre o agudo dos violinos. Nota-se na estruturação de sua orquestra um papel importante permitido às violas da gamba, porque raramente usava os violoncelos. No baixo contínuo é que há uma persistente marcação – dançante, eu diria – inusitada na música sacra. As síncopes quase polirritmicas tornam o som diferente e único. Ritmos assim seriam explorados quase à exaustão só pelos compositores dos princípios e meados do século 20. E Zelenka, sendo ao mesmo tempo moderno, levando em conta a época em que viveu, soa na polifonia também como um renascentista erudito. De forma que nesse compositor entrelaçavam o passado e o futuro, admiravelmente. Eis o estilo de Zelenka: um Palestrina do século 20, embora vivesse nos meados do século 18, contemporâneo de Albinoni, Vivaldi, Telemann, Bach e Handel. Telemann era amigo particular dele. E Bach que também o conhecia, admirava-o imensamente. Ao ler o ‘Magnificat em Ré maior’ pela primeira vez, disse: trata-se de um excelente compositor. É avaliação de Bach. Acho que não preciso dizer mais nada. E pasmem! Ainda hoje Zelenka continua quase desconhecido para a maioria. Mas quem o conhece não economiza admiração.

Sabe-se pouco da vida pessoal de Jan Dismas Zelenka. Nascido em Praga, na época pertencente à Boêmia, foi educado em colégio jesuíta que consolidou a sua fé católica, à qual continuou fiel a vida toda. Essa sinceridade religiosa é nítida na obra do compositor. Após estudos em Viena e na Itália, fixou-se em Dresden, Alemanha, como obscuro contrabaixista na orquestra da corte; na verdade, o seu instrumento era o 'violone', do qual originou-se o contrabaixo moderno. Iniciando relativamente tarde como compositor - com a idade de 30 anos - dedicou-se quase que exclusivamente à música sacra, com algumas poucas incursões pelas obras orquestrais (5 Capriccios, concertos e ouvertures) e de câmara (os famosos 6 Trios Sonatas, de 1721, muito apreciados pelos contrabaixistas). No gênero coral sacro, com mais de centena e meia de títulos, distinguem-se as 22 missas - algumas delas, diríamos,  são as mais belas e originais do período Barroco - apenas superadas pela ‘Missa em Si menor’ de Bach - o que não é pouco pois essa missa colossal de Bach, verdadeira catedral invisível, é um dos maiores monumentos artísticos da humanidade. Da vida pessoal de Zelenka há poucos registros. Sabe-se que nunca se casara, não deixou filhos nem discípulos. Pessoas que com ele conviveram testemunham que era “homem bom e pacífico, sábio e muito religioso”. Em Dresden viveu mais da metade da vida. Das pouquíssimas vezes que viajara foi para apresentar em Praga uma de suas obras, a única escrita para palco: ‘Sub Olea Pacis’ (1723), uma espécie híbrida de oratório em latim, ópera e música incidental com danças. Essa obra, atualmente aclamada como uma obra-prima, na época foi o único sucesso do compositor em público.       

Hoje as Missas de Zelenka são consideradas o ponto mais alto na totalidade de sua obra, cujo pináculo está nas ‘Missa Votiva’ (1739), ‘Missa Dei Patris’ e ‘Missa Dei Filii’ (1740), e ‘Missa Omnium Sanctorum’ (1741), todas escritas na última década de sua vida; sendo que as três últimas formam uma trilogia que o compositor não ouviu em vida, a não ser no coração, pois só foram apresentadas duzentos anos depois. Recomendo-as. Realmente, de uma inteligência musical impressionante, de uma originalidade como poucas no tratamento das vozes polifônicas do coro em contraste com os solistas homofônicos, às vezes no estilo alegre do 'rococó', às vezes dramáticos como em uma ópera ou intimistas como em uma prece, ou em tom popular, utilizando as danças folclóricas da Boêmia, seu país de origem; tudo isso acompanhado ora pelo uníssono das cordas em tessitura cromática, ora pelos diálogos contrapontísticos de violinos e violas. Negar a beleza estonteante dessa música é o mesmo que negar o brilho do sol.

Tornei-me um admirador incondicional das missas desse compositor boêmio-tcheco. Para compreenderem que não estou errado, sugiro que ouçam atentamente a ‘Missa Votiva’ nesta admirável interpretação do jovem regente Václav Luks. Esta obra não foi criada como encomenda, o que a torna um exemplo ainda maior de arte vinda da necessidade mais íntima da alma. Escrevera-a Zelenka como agradecimento ao Criador pelo recuperação da saúde, após um doloroso período de enfermidade, semelhante ao que fizera Beethoven, quase um século depois, no movimento lento do Quarteto de Cordas Op.132.

O júbilo do coro que há na ‘Missa Votiva’ e os momentos etéreos dos solistas, principalmente a soprano, são água cristalina, poesia pura, expressão artística da mais alta sinceridade - uma comovente certeza de que uma Inteligência Suprema paira sobre nós, que nos protege e ampara nos momentos mais difíceis da jornada.  

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Acredito que todos ficaram curiosos.................vamos entrar então na música deste magistral compositor.

Ouçam sem moderação.


terça-feira, 29 de setembro de 2015

Programa Passagem de Som - Sesc TV!

Genial. Esta é a palavra para definir tamanha riqueza e iniciativa do Sesc para esta série de programas.

Como sempre o Sesc dá um show de competência e bom gosto e mostra que neste país que parece sem memória, sem presente, e sem futuro, ainda existem pessoas, ou melhor, um órgão preocupado em eleger a minoria para um conteúdo cultural de qualidade, já que a mídia quer esmagar a grande maioria com seu lixo passageiro.

Mas enfim, este programa fabuloso - Passagem de Som é uma íntima mostra dos bastidores de artistas fundamentais para a música brasileira instrumental que se apresentam em shows oferecidos pelas casas SESC. Mas não é apenas um programa. 25 minutos de obra de arte revelando cada hora um artista de qualidade. Mas o programa também revela um espetacular "universo ao redor", mostrando cenas de ambientes e lugares que são importantes para a cultura daquele artista. Muito especial!

Eu já tive oportunidade de tocar por umas 4 vezes nestas casas de São Paulo e como fui bem tratado, valorizado e que profissionalismo e respeito que eles têm com o artista. E o melhor de tudo é que o público é diferenciado. Parece que sedento para conhecer o que de melhor tem nosso país. Curiosamente estas pessoas dizem não à cultura pop de massa!

Mas o que falar destes programas. Ahhhhhhhhhhh............Como aprendo..........E sim,......................não sou professor mais, abandonei o cargo já faz tempo...................ensinar não.................aprender sim e compartilhar sempre. Este é o lema! Aprendo com os mestres, com todos eles em suas várias e diversas nacionalidades, mas como aprendo também com esta grandeza de talentos e artistas que ainda aparecem fazendo obras de qualidade. Estou interessado no diferente e fora da mídia. Estou interessado no "paralelo". Estou interessado nas histórias que este programa me conta, nos bastidores à flor da pele da intimidade destes gigantes da música brasileira que muitos ou a grande maioria desconhece! Pasmem!

Estou encantado com esta série. Deixarei dois exemplos aqui que me deixaram fora da realidade e maravilhado por tamanha espontaneidade e sensibilidade. Um deles foi o encontro entre o violonista e compositor carioca Guinga com o Quinteto Villa-lobos. Ahhhhhhhhhhhhh se houvesse no mundo das palavras tamanha imensidão para explicar nossos sentimentos ao ser arrebatado pela música que ouvimos. É isso meus amigos. É isso. E nada mais! Ouvir. Se deixar levar neste canteiro infindo e tão cheio das mais belas flores em sons que é a Música. Sorte a minha por ser um deslumbrado interesseiro no "descobrir" e sorte de vocês por eu amar "Compartilhar!"

Esta série Passagem de Som passa mel em nossas bocas. Depois é calar e ouvir o show na íntegra de cada artista escolhido no fantástico programa SESC INSTRUMENTAL!
Guinga e Quinteto Villa-Lobos


Passagem de Son:
https://www.youtube.com/watch?v=8d69i1gbnog

Sesc Instrumental - Guinga e Quinteto Villa-Lobos!
https://www.youtube.com/watch?v=f-8_UPDtyCs

São tantos os programas para escolher mais um apenas para deixar aqui, mas terei esta difícil missão e e depois vocês terão o prazer de mergulhar nos mares de todos os outros.

André Mehmari e Mário Laginha

O encontro do multi-instrumentista e compositor André Mehmari  com o também compositor e pianista português Mário Laginha foi algo de delicioso e encantador. Estas intimidades.............este revelar do ser-humano perante o artista é algo que me desafia..........me deixa fascinado e mais uma vez digo: - Como aprendo com as histórias contadas por eles, pois são através de histórias que descobrimos outros mundos que certamente nos tornarão mais sensíveis e maiores como ouvintes e espectadores da ARTE e sem dúvida, melhores como seres-humanos.

Passagem de Som
https://www.youtube.com/watch?v=mcD2FPmOWwM

Programa Sesc Instrumental - André Mehmari e Mário Laginha
https://www.youtube.com/watch?v=3J2w_8ENVAA

Obrigado SESC por esta dádiva! E parabéns por ser este órgão tão gigantesco e rico que és.

Obrigado por elevar-nos à cultura maior e nos apresentar tantas maravilhas.

Como diria o compositor santista Gilberto Mendes: - "O Brasil não é um país. O Brasil é uma missão!"

O SESC deixa aqui sua formidável contribuição para o "Achamento do Brasil..........."

Obrigado!



terça-feira, 15 de setembro de 2015

Ode à Criação! Laboratório C.A.P.

Quinta-feira passada vivemos um dia célebre e falo sem temer: - Um dia inesquecível e inédito no conservatório!

Nas experíências do Laboratório C.A.P. quebramos o muro da rotina e da mesmice e fizemos uma apresentação toda voltada ao mundo das composições musicais, e o melhor, composições estas criadas pelos alunos Edson Emanuel, Carla Coimbra e João Paulo Roque.

No semestre passado propús aos alunos da Imagem Musical que cada um fizesse uma música e assim depois de conhecermos princípios e conceitos da criação, cada aluno conseguiu apresentar sua obra criada. Foi mágico, mas fizemos esta apresentação apenas entre os alunos.

Agora 3 destes alunos se reuniram para apresentar suas obras ao público do Conservatório e de Três Pontas. As composições foram capitaneadas e supervisionadas pelo professor Helcio Baroni, que fez um trabalho memorável.

João Paulo iniciou a apresentação com sua peça para piano - Silêncio da Alma. (Ares de Erik Satie, numa criação muito bonita e sentida.)
https://www.youtube.com/watch?v=XEj5NG0FIB0&feature=youtu.be


A aluna Carla Coimbra também tocou sua "peça de piano", com muito brilhantismo e desenvoltura.

Tivemos após estes momentos ao piano, o ciclo de canções contendo 4 peças. Estas foram cantadas pelo aluno Edson Emanuel. As composições foram feitas com parceria do professor Helcio Baroni, mas todas as letras foram compostas pelo aluno.

Os estágios da vida foram aqui representados:

Nascimento - faixa instrumental - o aluno João Paulo tocou flauta aqui com acompanhamento de piano de Helcio Baroni.
https://www.youtube.com/edit?o=U&video_id=-087MbezUpg

Partimos para o ciclo - Infância - Juventude - Adulto e Velhice! Canções líricas de muita criatividade e emoção. Edson Emanuel e Helcio Baroni deixaram-nos maravilhados.
Infância e Juventude.
https://www.youtube.com/edit?o=U&video_id=NkBCZiyk7C4
Adulto e Velhice.
https://www.youtube.com/edit?o=U&video_id=GdsVgKmlvl4


Ao final, os três alunos se reuniram ao professor Helcio Baroni e tocaram ao som de piano, flauta, canto e escaleta.

Confiram algumas fotos e estarei postando logo logo alguns vídeos de algumas das obras criadas.

Parabéns aos alunos e à iniciativa da Ofinina de Criação do professor Helcio Baroni. Que prospere! Que venham outros alunos e mais composições. Vamos encher o mundo de novas Músicas. De música boa!















quarta-feira, 2 de setembro de 2015

As 10 maiores Obras Musicais Brasileiras!

Recentemente recebi um email muito interessante sobre um top 10 das melhores Obras Musicais Brasileiras. Como todas as listas que podem ser pretensiosas, tivemos uma grata surpresa ao ver que aqui era na verdade o revelar de um grande tesouro. 70 pessoas ligadas à música fizeram suas escolhas das 10 mais.E como é difícil fazer isto como a maioria descreveu. Mas foi vibrante ler cada uma das listas e ainda por cima saborear todos os comentários mais que deliciosos dos grandes artistas que participaram desta enquete. Enquete para o bem. Para o bem do ouvido. No meio de tanta obra e compositor importante, podemos usar esta lista para ser um guia para quem está começando a descobrir a importância da música brasileira e toda a sua beleza.

Mas ressalto a importância de ouvir e re-ouvir, mais ainda, Ouvir e Viver a obra em questão. Ouviver a música, como diria Décio Pignatari.

Destaco aqui as 10 mais citadas que figuraram na maioria das listas e têm importância histórica e de beleza desafiadora.

Esta será uma postagem para o deleite do ouvir. E para quem ficar curioso com todos os detalhes das listas dos participantes é só acessar o link abaixo e conferir os resultados.
http://opiniaoenoticia.com.br/opiniao/villa-lobos-na-cabeca/

Choros nº 10 de Villa-Lobos – Citado 27 vezes

O Guarani de Carlos Gomes – 27

Bachianas brasileiras nº 5 de Villa-Lobos – 24

Lo Schiavo de Carlos Gomes – 21

Sinfonia em lá menor de Alberto Nepomuceno – 18

Festa das igrejas de Francisco Mignone – 18

Sonata opus 14 para violino e piano de Leopoldo Miguez – 13

Maracatu de Chico Rei de Francisco Mignone – 13

Ponteios de Camargo Guarnieri – 13

Choros nº 6 de Villa-Lobos – 13

Bachianas brasileiras nº 4 de Villa-Lobos – 13

Bom deleite além paraíso nesta imensidão de música que é o Brasil, felizmente!




terça-feira, 25 de agosto de 2015

Imagem Musical - Nelson Freire

No dia 01 de Agosto, o sul de Minas Gerais foi brindado com uma apresentação muito especial e inesquecível. Nada mais, nada menos que o um dos maiores pianistas do mundo. Nelson Freire. Seu nome e excelência dispensam apresentações. Sua música é definitivamente uma das maravilhas mais cobiçadas do planeta. Tive o privilégio de assistí-lo no teatro de Poços de Caldas e no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em concertos solo. Agora, a cidade de Boa Esperança(terra natal de Nelson) ganhou um presente que deixou todos os presentes enaltecidos. Nelson Freire tocou o Concerto 4 de Beethoven com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Uma apresentação emocionante e sublime.
Foi uma noite única. Cidade lotada e muitos ali que nunca tinham visto uma orquestra e nunca tinham ouvido tamanha música, ganham presente múltiplo. Obra maior de Beethoven nas mãos do re-inventor genial. Beethoven soa fulminante nas mãos de Nelson Freire. Mas cabe ternura e a sabedoria do intérprete consagrado.

No dia seguinte foi lançado uma Biografia de Nelson Freire (Nelson Freire - A Pessoa e o Artista de autoria de Ricardo Arnaldo Malheiros Fiuza) na Casa da Cultura de Boa Esperança e assim deixo umas fotos do semblante inigualável do mestre. Agradeço as fotos cedidas gentilmente pela pianista e amiga Myrian Pinto, que se emocionou com a apresentação e foi lá dar umas palavrinhas mais de perto com o grande gênio.





E você ainda não ouviu nada tocado por ele? Corra e vá descobrir mais este universo. É algo que não pode faltar na formação de um músico.
Fiquem com o programa Harmonia Especialmente mostrando este Concerto em Boa Esperança e todos os bastidores da apresentação. 





sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Parede Falante! Gregório de Matos e Zé Miguel Wisnik

O Gosto do som! Ai de mim, que posso "ouvir" com os "olhos" as palavras tão fortes e febris ressoando por dentro de meu interior, movendo minhas entranhas em "agonia de felicidade" remota. Ai de mim, Mortal Loucura!

Assim me falou os versos emergentes do poeta  Gregório de Matos(1636-1696).
Faz tanto tempo que ele gritou e só hoje ecoou na minha alma esta beleza sem par. Mas mesmo assim, obrigado por ter gritado em minha direção....


Na oração, que desaterra …............................. a terra,
Quer Deus que a quem está o cuidado …........ dado,
Pregue que a vida é emprestado ….................. estado,
Mistérios mil que desenterra .........................… enterra
.
Quem não cuida de si, que é terra, …............... erra,
Que o alto Rei, por afamado …......................... amado,
É quem lhe assiste ao desvelado …................. lado,
Da morte ao ar não desaferra, …...................... aferra.

Quem do mundo a mortal loucura .................… cura,
A vontade de Deus sagrada ….......................... agrada
Firmar-lhe a vida em atadura …........................ dura.

O voz zelosa, que dobrada …........................... brada,
Já sei que a flor da formosura, …..................... usura,
Será no fim dessa jornada …............................ nada.

.....................................

mas se as palavras jamais me bastassem, fui surprendido pela releitura em música de um cantador daqui da nossa era, numa das mais emocionantes estadas do casamento de palavra e música. Fico grato senhor "SOM e SENTIDO.!" Zé Miguel Wisnik e sua magistral - Mortal Loucura! Não é para ouvir, é para "caminhar em música, numa procissão, de pés no chão, papel-poema na mão e sinceridade de cabeça baixa só sentindo..................só sentindo....................só sentindo...............só sentindo.........a vontade da melodia maior-sabedoria!............... ..."






quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Sessão Espetacular! As palavras de um gênio!

E lá se foi o julho de férias e sim, descansamos em meio às maravilhas da arte. Afogamos perante ao esplendor de tanta coisa bonita que apareceu em nossa frente..........Sim, julho fervilhou de acontecimentos e eventos culturais em nossa região. Mas certifico mais uma vez, que só é agraciado em sua plenitude aquele que corre atrás da oportunidade.

Breve falarei com detalhes um pouco mais destes acontecimentos fantásticos de férias.

Mas hoje, estou aqui para compartilhar uma entrevista célebre do Compositor e arranjador maior - Dori Caymmi.

Acredito que todas as palavras dele aqui são tudo que precisamos para voltar às aulas de música. E alunos, bebam sem moderação desta arte, pois o caminho do sucesso será garantido! O tanto de sabedoria que cabe numa pessoa e música sim é um complexo de tantas artes.

https://www.youtube.com/watch?v=5_088iJLDcg

E a música???????????????? Ahhhhhhhhhhhh sim............o segredo é ouvir!

https://www.youtube.com/watch?v=J1T5YtZmQ0U

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Fotos - Dia do Vinil!

Dia 29 de Junho aconteceu no Conservatório, o dia do Vinil e registramos algumas imagens para compartilhar com nossos leitores, amigos e alunos.

Lembrando que foi um dia memorável, pois principalmente a novo geração ficou estupefata de saber que através de uma agulhinha podia sair um som tão aconhegante e intenso. E para os mais velhos da era do Vinil, foi realmente uma volta ao tempo fantástico! Olhares fascinados vendo o giro extraordinário daquele disco preto, verde, vermelho, pequeno, grande..............e o som..............ahhhhhhhhhhh, o som maravilhoso!

Agradeço a todos aqueles que participaram, principalmente aos professores que tiraram seus alunos da aula comum e foram experimentar uma aula "Viva!". Com palestras, audições, muita imagem e informação, fizemos mais um evento fundamental para o crescimento e o aprendizado verdadeiro da Arte.

Recebemos também neste dia a visita dos alunos da Escola Professor JOão de Abreu que vieram conhecer nossa escola!










quarta-feira, 1 de julho de 2015

Dia do Vinil no Conservatório!

Neste dia 29 de junho realizamos um dia muito especial todo dedicado ao saudoso Disco de Vinil, ou LP.

Fizemos uma programação muito interessante com mesa redonda interativa, exibição de documentários e o mais importante, ouvimos alguns discos pérolas para que todos pudessem saborear a sonoridade destes fantásticos "bolachões..."

Como disseram alguns - " Uma grande viagem no tempo!" -

Idealizado pelo professor Ismael Tiso, o Dia do Vinil proporcionou para o Conservatório uma excelente oportunidade de levar para as gerações mais novas um pouco de história e também deixou a escola toda enfeitada com textos e fotos da história destes Discos, hoje tão raros. Breve colocaremos as fotos tiradas no dia em nosso painel virtual deste blog.

Por enquanto, quero compartilhar alguns documentários que exibimos e que surpreenderam a todos.

Como fabricar um disco de 78 rotações:
https://www.youtube.com/watch?v=qN0G1S0MHnU

Como fabricar o disco de Vinil.
https://www.youtube.com/watch?v=10y30RxIBEE

Algumas curiosidades - Os gramofones e fonógrafos!
https://www.youtube.com/watch?v=uf96o9DsNiI

Raridades dos gramofones..........
https://www.youtube.com/watch?v=E89qTazJaLc

Eletrolas infantis...
https://www.youtube.com/watch?v=MUqORJF-96Y

Hoje no youtube podemos encontrar muito mais sobre este mundo do Vinil. É só explorar!

Uma dica interessante é sem dúvida o programa - Som do Vinil - apresentado por Charles Gavin - talvez um dos programas mais interssantes atualmente da televisão brasileira. Fica a dica!
http://canalbrasil.globo.com/programas/o-som-do-vinil/

E o disco de Vinil? Mostra os seus, Charles Gavin!
https://www.youtube.com/watch?v=kEW8Ft_x7g8


sexta-feira, 19 de junho de 2015

Fotos e lembranças de um dia de Jazz!

No mês de abril fizemos uma homenagem ao dia Internacional do Jazz e com exibição de documentários e workshops de professores pudemos transformar nossa escola num dia de música viva!

E o quanto faz bem sair da rotina e louvar a grande arte sem moderação.

Foram momentos únicos onde tivemos uma aula com o documentário de Wynton Marsalis explicando claramente um pouco do surgimento e evolução do Jazz - Bem didático!
https://www.youtube.com/watch?v=BP1qWrTpiSc

 Depois fomos conhecer as obras que importalizaram este estilo e destacamos as 10 mais, e é claro que Take Five de Dave Brubeck e Paul Desmond foi ouvida e experimentada por todos no seu frenético compasso de 5 tempos!
https://www.youtube.com/watch?v=PHdU5sHigYQ

Depois mergulhamos no incrível documentário sobre a vida do pianista Michel Petrucianni. Mágico e sobrenatural o que representou esta personalidade para a história do Jazz. E que música ele tirava do piano.!!!!
https://www.youtube.com/watch?v=qHBGf622cc0

Na parte da tarde, além de documentários tivemos a presença ilustre do professor e pianista Helcio Baroni compartilhando sua paixão pelo mundo de Egberto Gismonti e tendo a dura tarefa de tocar algumas pérolas do Gênio carioca. Foi eletrizante..............a platéia quase saltava da cadeira após cada música ouvida.................e bem calorosamente todos mergulharam neste univeso Gismontiano. Helcio ainda nos abrilhantou com suas composições autorais e ainda fez uma improvisação sobre um tema sugerido pela platéia!
https://www.youtube.com/watch?v=XKAyct1D3_8

Motores aquecidos e assim tivemos uma palestra surpresa do professor Lúcio Gomes falando um pouco de sua vida como músico e contrabaixista e mostrando um pouco mais de perto o que seria o famoso Jazz de New Orleans. Foi super enriquecedor e ajudou todos a entenderem as raízes deste gênero fabuloso

Após um breve intervalo, o professor Mauro Marques mostrou-nos a importância da voz como instrumento musical e discursou sobre o documentário - A UM Passo do Estrelato, contando de perto a vida de várias mulheres e homens que fazem vocais de apoio para celebridades e quase nunca são lembradas pela história. Uma palestra sensível e informadora.

Vejam um pouco destas emoções através de fotos..............

É isso aí...............viver a música em seu mais estado puro, ela mesma!