Dica de Filme! Já nas Locadoras!

"NÃO ACREDITE EM NADA QUE SEU PROFESSOR DIZ! QUESTIONE TUDO!


HANS-JOAQUIM KOELLREUTTER




Suite Brasileira para Violoncelo e Piano (Mehmari)

Suite Brasileira para Violoncelo e Piano (Mehmari)
NOVIDADE: https://www.youtube.com/watch?v=NymoG_qNyLY

domingo, 29 de março de 2015

Sessão Espetacular! Pablo Lapidusas!

Desfrutando de um final de semana de muita tranquilidade em Poços de Caldas, tive a grata surpresa de ir assistir ao recital do pianista argentino naturalizado brasileiro, Pablo Lapidusas!

Para minha surpresa fui assaltado com uma poderosa performance no aconchegante espaço da Casa Cultura numa noite fria de um belo sábado. Eu já tinha lido umas reportagens sobre o ainda jovem pianista - Pablo Lapidusas. E o que me chamou a atenção fora exatamente suas composições autorais e seu poder de invenção em arranjos cheios de criatividade e ousadia de obras consagradas.

Mas o recital foi momento mesmo de êxtase. Sua performance ao vivo é empolgante e o artista se entrega por completo em seus improvisos nos presenteando com grandes frases e uma técnica apurada. Seus arranjos para a linha de mão esquerda são desafiadores e sempre com muita intensidade, com destaque para os ostinatos, tornando esta característica uma marca do pianista.

Não resisti e logo no dia adquiri seus cds e fiquei ao longo da semana "comendo" as suas faixas de ponta a ponta, incessantemente. Valeu mais que a pena. E logo já levei para compartilhar com meus alunos.

Vamos conferir alguns momentos que julgo terem esta presença e personalidade do artista - Pablo Lapidusas.

Para ficar no pique do filme Whiplash, começaremos com sua ótima versão para a peça - Caravan!
https://www.youtube.com/watch?v=PGp6VySZ-tQ

Ressalto que para cada arranjo, na maioria dos casos, ele sempre cria uma atmosfera antes de entrar no tema já conhecido; afirmo que ele cria uma nova música como introdução e depois parte para seu desenvolvimento da obra em questão.
Um dos momentos mais emocionates foi ver seu vídeo gravado no famoso estúdio de Abbey Road, onde os Beatles imortalizaram suas canções em seus memoráveis últimos discos. E para ser mais emocionante ainda, Pablo Lapidusas interpreta sua versão para Blackbird!
https://www.youtube.com/watch?v=lkin5riJ5NU

Me chamou muita atenção também sua emocionada visita pela obra imortal de Tom Jobim - Chovendo na Roseira - Vamos conferir!
https://www.youtube.com/watch?v=aW6wz_-dUn0

Com seus dois discos gravados - "Ouriço"(obras autorais) e "O Estrangeiro"(visitações de temas conhecidos), nosso destacado pianista passeia com muita naturalidade por este universo deslumbrante do piano solo. Recomendo adquirem seus álbuns e conhecê-lo mais a fundo. Visitem seu site!
http://www.pablolapidusas.com/

Vou destacar aqui seu tema autoral, Formiguinha!
https://www.youtube.com/watch?v=IyoEIpsY4ng

Mais uma vez afirmo que ter a oportunidade de assistir um recital ou concerto ao vivo, é mais que uma aula. Alunos, saiam de suas casas e de sua rotina semanal com suas aulas tradicionais e visitem a música mais de perto, Busquem pela oportunidade! Prestigiem os talentos e artistas que estão se apresentando a todo momento na sua região, só assim estarão verdadeiramente participando do real mundo da música!



sexta-feira, 20 de março de 2015

As várias faces de Caravan!

Ainda no capítulo das memórias do filme - Whiplash - aprofundamos o tema e fomos conhecer as "mil e uma noites" da obra, já imortal,  - "Caravan!" de Juan Tizol e Duke Ellington

É impressionante o poder de re-inventar o mesmo tema. Os mestres vão colocando suas personalidades nesta obra fabulosa e dando um gosto eletrizante para nós ouvintes.

Ouçam e literalmente delirem com as versões:

Aqui a primeira versão gravada em disco - (Músicos da banda de Duke Ellington)
https://www.youtube.com/watch?v=oJu_6NwcOKk


A inusitada versão para vozes - The Mills Brothers
https://www.youtube.com/watch?v=14QEoEIvUuk

A imortal versão de Duke Ellington -
https://www.youtube.com/watch?v=KfDgTxTit6w

O maestro absoluto do Jazz, o inconfundível Thelonious Monk em sua versão cheia de "rag" -
https://www.youtube.com/watch?v=0IDkQ_fRWzs

A brilhante, ousada e caliente versão do genial Michel Petruciani!
https://www.youtube.com/watch?v=06_uCl_Bovs

Aqui temos a versão que foi o momento de êxtase do filme Whiplash! (Arranjo de John Wasson)
https://www.youtube.com/watch?v=3bQK-aNpy5U

No youtube encontraremos outras mil versões.....................destacamos algumas apenas!

Mas o importante é ouvir, ouvir e ouvir, em tamanha profundidade. E como dizia Heitor Villa-Lobos quando questionado sobre sua influência do mestre Bach:

- A música está no ar para quem quiser pegar! Eu pego mesmo!"

É isso caros alunos, ouvintes e amigos. A música está no ar para quem quiser pegar e agora mais que nunca, está na internet e em seu canal do Youtube! Bobo daquele que não beber destas fontes!

Música se aprende com Música!
Experimentem!

terça-feira, 10 de março de 2015

Whiplash! Uma polêmica para o bem!



Melhor ator coadjunto - Oscar 2015 - J.K.Simmons

Semana passada a turma do Laboratório C.A.P do Conservatório desfrutou do filme
"Whiplash - Em Busca da perfeição!" - O filme que deu o que falar no Oscar, concorrendo nas categorias de melhor filme, melhor edição de som e melhor ator coadjuvante para J. K. Simmons..........e levou estes dois últimos prêmios para casa, gerou muita euforia em nossa sessão.

No longa,  a história de um jovem baterista travando um duelo para entender os métodos rígidos e controversos de um professor de Conservatório que leva às últimas consequências seu ensino para atingir a perfeição. O filme é de tirar o fôlego e tem uma trilha sonora toda especial e maravilhosamente bem tocada. Nos carros chefe, duas pérolas do repertório do Jazz, "Caravan" de Juan Tizol e Duke Ellington e "Whiplash" de Hank Levy!

Como foi em todas as sessões pelo mundo todo, o filme arrebata a todos os espectadores e não foi diferente em nossa sessão no Conservatório. Todos sairam extasiados após o filme.

Mas em minhas pesquisas sobre o filme encontrei um texto impecável comentando aspectos do longa-metragem e sem dúvida o texto é um relato real sobre a música, a música como arte e o estudo para se chegar aos caminhos da excelência musical.

Gostaria de copiar este texto para que todos lessem e levassem de lição as palavras sábias do guitarrista e músico Flávio Rodrigues. E desde já peço licença para transcrever aqui o texto precioso em sua íntegra.

Lembro para quem ainda não assistiu o filme que corra para a locadora mais próxima e assista já, pois viverá o texto abaixo com mais vigor! Para quem já assistiu, assista de novo e terá calorosamente mais sabor nas palavras abaixo. Mas de qualquer forma, a leitura por si só já é uma experiência inigualável para o aprendizado da música.
https://www.youtube.com/watch?v=BjyCGE32Xdo

...................................................................

Whiplash - Em Busca da Perfeição!

Andrew era ainda bastante jovem. Não ostentava um grande carro na garagem e nem uma namorada capa de revista. Seu singelo passatempo era ir ao cinema com seu velho pai. No entanto, ele buscava a perfeição.
Matéria originalmente publicada no site DELFOS

Do latim "perfectus", perfeição quer dizer completo, terminado. Buscamos todos nós esta perfeição, este sentimento de estarmos completos em um mundo tão cheio de lacunas. Alguns procuram num amor. Outros, num carro de luxo. Andrew procurava nas pontas de suas baquetas.

O filme de Damien Chazelle, Whiplash: Em Busca da Perfeição, tem conquistado a crítica não só pela música, mas pela sua mensagem forte e visceral por essa busca incessante, levada à tela com maestria nos papéis de Miles Teller e J. K. Simmons, que entregam a nós uma explosiva relação de aluno e mestre, ambos em busca do mesmo e inalcançável objetivo.

Como músico profissional, ver tudo aquilo retratado na tela trouxe mais do que uma simples catarse, mas um profundo pensamento sobre nossas escolhas e nossas buscas pessoais. E para quem acha que o filme tem uma imagem fantasiosa e com exageros, com minha experiência pessoal posso afirmar que, pasmem: o filme é mais realista do que você pode pensar.

IT`S A LONG WAY TO THE TOP IF YOU WANNA... JAZZ?

O jazz é, sem dúvidas, um dos estilos musicais mais fascinantes e herméticos do mundo da música. Aliás, você que diz "não gostar do estilo", saiba que existem diferentes ramificações que vão do Swing das big bands de Count Basie, o Bebop acelerado de Charlie Parker e o charmoso Cool Jazz de Chet Baker, para citar apenas alguns.

Minha imersão no mundo do jazz veio quando ingressei na faculdade de música, no ano de 2011, onde eu também tive a oportunidade de mergulhar de cabeça na convivência com os mais diferentes músicos.

Escalas, arpejos, domínio da linguagem. O jazz sem dúvidas não era para qualquer um. Era como aprender uma língua nova, totalmente diferente, e eu sofria para fazer a minha guitarra falar algumas frases.

A exigência técnica me pedia horas de estudo por dia. "Nos dias mais difíceis, estude no mínimo quatro horas", dizia meu professor. E não havia desculpa para falta de tempo. Qualquer tentativa nesse sentido seria rebatida com um "o que você faz da meia-noite às 6?". A resposta normal era dizer que dormia, e ele respondia: "pronto, arranjei seu tempo".

Ao ouvir cada disco, cada improviso, a impressão era de que nunca chegaria aos pés daqueles músicos. Nunca conseguiria tocar algo parecido. Mas eu continuava.
Em meus dedos não havia sangue como o drama de Hollywood, mas os calos eram cada vez mais grossos. As costas doíam pelas horas na cadeira sentados em frente de uma partitura muitas vezes indecifrável. Mas eu continuava, todos os dias, sem sábado ou domingo. "Se você ficar sem tocar um dia, seus músculos percebem a diferença. Se ficar sem tocar dois, você percebe a diferença. Se ficar sem tocar três, todo mundo percebe", dizia meu mestre.

O sangue e suor não são meros recursos estéticos da película, e são extremamente presentes na vida do músico. Thomas Edison já dizia que o talento é feito de 1% de inspiração e 99% de transpiração, e era preciso transpirar ainda muito mais.

HEY, SATAN! PAID MY DUES! PLAYIN` IN A JAZZ BAND

Quando era jovem e sonhava com o mundo da música sempre tinha em mente, assim como muitos jovens que talvez estejam lendo este texto, grandes estádios lotados, pessoas gritando meu nome, groupies por todas as partes e uma vida glamorosa. Aos poucos você entende que viver de música não tem a ver necessariamente com fama ou com o que as pessoas acham que é ser um bom músico.

A cena do jantar, onde Andrew se revolta vendo a pouca atenção que recebe pelo seu feito, ilustra bem essa situação. Desenhamos em nossas cabeças os ideais a serem alcançados, e não consideramos sucesso quando estas expectativas não são atendidas. Aos poucos, aprendemos que a arte nada tem a ver com fama, e que a busca por este momento completo é uma corrida muito mais cheia de obstáculos do que era previsto. Além disso, não há nenhuma garantia: ser músico é aprender que os seus melhores solos podem sair num quarto fechado, sem nenhuma gravação ou alguém para escutar, pois não há segunda chance. A música é viva.

Em busca de reconhecimento, muitas vezes passamos por detestáveis ou arrogantes, e em algumas outras tratamos a arte como uma competição. Não foram poucas as vezes que vi colegas torcendo para outros errarem, para que estes se sentissem mais seguros.

Quem toca mais rápido? Quem sabe mais músicas "by heart"? ("de cor" em português, mas, assim como meu mestre, sempre preferi o termo em inglês)? Criamos uma incessante competição para tentar mensurar o imensurável, e sofremos as consequências de nossas próprias decisões.
Em meio a tudo isso, mestres como Fletcher são mais do que reais. Homens apaixonados pela sua arte a ponto de serem desprezíveis são mais comuns do que se imagina em grandes conservatórios. Homens que não admitem um erro, não admitem que a sua arte seja manchada. Há de se compreender e respeitar as horas dedicadas que o tornaram mestre. Por trás das atitudes questionáveis há um profundo respeito pela música e pelas horas em busca de uma nota na hora certa.

LET THERE BE JAZZ

Em meio a todos os percalços, nós seguimos, buscamos a tão desejada perfeição. A música é uma das artes que mais incessantemente busca por ela. Há um apreço pelo virtuoso como não há em muitas outras. E isso acontece muito por conta de que é a arte em que a perfeição nunca será permanente.
A música é um momento no tempo. É fugaz, passageira. Um improviso é um respiro daquele momento único e presente, e não há como captá-lo. Você pode pensar que é possível gravar um solo perfeito, e eu te digo que não, pois a música só acontece ao vivo. Gravações não passam de meras tentativas de capturar o incapturável, até porque o solo perfeito pode ser perfeito para aquele e somente aquele momento, e não para depois. A música está ligada à passagem do tempo como nenhuma outra arte. Podemos olhar as telas de Da Vinci, tocar as esculturas de Michelangelo, mas nunca ouvir das mãos de Beethoven alguma de suas composições.

Andrew sabe disso, e é por isso que deixa tudo para trás, em busca dessa tão inalcançável perfeição na mais imperfeita das artes. Não há modelo na natureza para seguirmos, como em outras áreas. A música é uma criação genuinamente humana.

FOR THOSE ABOUT TO JAZZ... WE SALUTE YOU!

Muitos músicos fazem sucesso com pouco estudo, é verdade. Muitos levam a vida como uma grande festa, um grande luau de poucos acordes. Mas a música vai muito além disso. Não estou aqui falando de negócios, mas sim de arte.

O talento, algo que usamos incessantemente para descrever grandes feitos, não vem desacompanhado de muitas horas de estudo, dedicação e suor. O lado bom é que, como sempre digo aos meus alunos, "a música não é ingrata. Se você se dedicar a ela, ela vai te retribuir", mas essa retribuição nada tem a ver com sucesso ou dinheiro.

E, mesmo assim, inexplicavelmente, ficamos com a fama de preguiçosos, vagabundos, ociosos. Mal sabem eles. Na faculdade, brincávamos entre nós dizendo que "se você não quer estudar, que vá fazer medicina". A virtude mais desejável em um músico é a disciplina.

Todos nós, músicos ou não músicos, seguimos, em busca de nos sentirmos completos. E nessa incessante busca pelo inatingível, botamos à prova todos nossos limites. Como Andrew, não são poucos os momentos em que pensamos em desistir de tudo, largar mão e jogar tudo para o alto. Muitos, de fato, fazem isso. Mas é exatamente isso que separa os vencedores dos que apenas tentaram.

Andrew trouxe a nós um lindo solo no final da película. Ele alcançou, enfim, a perfeição? Nunca poderemos saber, mas eu prefiro acreditar que não. Como músico, creio que certamente ele deve ter pensado que ainda está longe, que ainda tem muito a evoluir, a aprender. Este é o maior carma do músico: a autocrítica. Creio que não importa quão bom for o improviso, sempre iremos procurar por mais. Aí está o grande paradoxo de nossa busca: a perfeição só será alcançada pelos outros, e nunca por nós mesmos.

Portanto, se você é músico, eu saúdo você por todos os desafios que enfrenta e enfrentará até o fim de seus dias nessa guerra invencível. E a você, que não é músico, creio que você não é diferente nessa busca. No fim, todos nós, cada um em sua área, buscamos a nossa maneira de estarmos perfectus, completos.

E, assim, caminhamos e evoluímos. Crescemos e nos desenvolvemos. No fim, não há nada mais docemente perfeito do que a amarga imperfeição.





quarta-feira, 4 de março de 2015

Os 10 Melhores Álbuns de Sax Tenor de todos os tempos!

Em 2012 uma interessante pesquisa da revista JAZZ TIMES revelou os 10 mais importantes discos de sax tenor no Jazz de todos os tempos. A revista convidou 50 críticos e músicos para a tarefa de nomear de 5 a 10 álbuns contendo grandes performances que ajudaram a formar a tradição do saxofone tenor no jazz. John Coltrane e Sonny Rollins estiveram com mais álbuns nos mais votados.

Confiram os 10 mais e ouçam com cuidado e profundidade. São discos para ouvir, ouvir e ouvir......São monumentos da história do Jazz com uma música gigantesca. Aqui também o melhor aprendizado para quem quer conhecer mais o estilo e os segredos da performance, não importa o instrumento que você toque.

1 - John Coltrane - A Love Supreme(Impulse - 1964)

John Coltrane, tenor sax 
McCoy Tyner, piano 

Jimmy Garrison, bass 

Elvin Jones, drums
https://www.youtube.com/watch?v=TmD16eSy-Mg

2 - Sonny Rollins -  Saxophone Colossus(Prestige - 1956)
Sonny Rollins - tenor sax
Tommy Flanagan - piano
 Doug Watkins - bass

 Max Roach . drums

3 - John Coltrane - Giant Steps(Atlantic - 1960)
John Coltrane - tenor saxophone
Tommy Flanagan - piano
Paul Chambers - bass
Art Taylor - drums
Wynton Kelly - piano on #6
Jimmy Cobb - drums on #6
Cedar Walton - piano on #8 and #9
Lex Humphries - drums on #8 and #9

- 4 - Colemann Hawkins - Body and Soul(RCA - 1939)

- 5 - Lester Young - Lester Young with Cout Basie (Mosaic - 1936-1940)

- 6 - Wayne Shorter - Speak no evil(Blue Note, 1965)

- 7 - Sonny Rollins - The Bridge(Bluebird - 1962)
Sonny Rollins - tenor saxophone
Jim Hall - guitar
Bob Cranshaw - bass
Ben Riley - drums

- 8 - Paul Gonsalves - LP - Ellington at Newport(Columbia - 1954)


- 9 - John Coltrane - Crescent(Impulse - 1964)
John Coltrane - Tenor Saxophone. 
McCoy Tyner - Piano. 

Jimmy Garrison - Bass. 

Elvin Jones - Drums.

- 10 - Sonny Rollins - Way out west(Conteporany - 1957)
Sonny Rollins - Tenor Sax
Ray Brown – Bass
 Shelly Manne - Drums