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Suite Brasileira para Violoncelo e Piano (Mehmari)

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domingo, 10 de abril de 2016

Educação Musical e Ensino à distância de Mùsica por Alex Tiso!

Muitos alunos e amigos têm me procurado para obter mais informações sobre a formação musical atual. Isto incluindo graduações, pós graduações e também cursos que possam ajudar na melhora da performance, da cultura musical e também na formação de professores. Como todos já sabem, a internet escancarou gratuitamente ou mesmo pago e aproximou o conhecimento em todas as suas áreas. Como muitos estão dizendo por aí: - O difícil é saber por onde começar, já que hoje todos ensinam alguma coisa ou postam suas críticas e opiniões a respeito disso ou daquilo.

Fomos bater um papo com o professor e músico Alex Tiso para entender algumas das questões acima  e entender melhor como anda a Educação Musical em nosso país. Confiram:


1    1- Alex, gostaria de saber como você vê e entende hoje os desafios para a Educação Musical!!?

Realmente não são fáceis. Mas vamos dividir essa educação musical em duas vertentes.
A primeira pelo lado do ensino performático, tradicional, aquele se vê em escolas de música e conservatórios. Neste locais, o foco ainda é, na maioria das vezes, a relação entre o aluno e o instrumento, ou seja, a visão tradicional de se ensinar música somente pelo aprendizado de um instrumento e não o ensino da música como um todo. Não estou falando que isso é certo ou errado, apenas deixando um parecer de quem vive (e viveu) os dois lados da moeda.
Já pela vertente da educação musical, a qual tem surgido como uma proposta de inclusão nas escolas regulares também, e cuja função é dotar o aluno de um conhecimento mais amplo, privilegiando a música como um todo, esta sim, ao meu ver, é o lado que mais tem despertado o interesse de um modo geral.

Pois bem, e onde está a dificuldade principal nisso tudo? Justamente a capacitação de profissionais competentes e compromissados com essa nova visão de educar através da musicalização. Acredito que este seja o maior desafio no momento.

          2- Você Graduou-se no curso de Música à distância pelo UNIS-Varginha e assim, como sentiu a importância deste curso na sua formação atual de professor?

A graduação em Educação Musical me fez ver justamente esse outro lado do ensino musical, ou seja, a formação do sujeito através da música. O entendimento da música por outros canais que não só pelo ensino instrumental. Abriu meus olhos para novas maneiras de ensinar, individualizando de certa forma o educar, onde cada aluno tem sua particularidade, ao mesmo tempo que esta particularidade tende a ser resolvida como trabalho em grupo.

3    3- evido ao seu grande destaque como aluno, hoje você integra o corpo de professores do UNIS de Varginha. Você poderia falar um pouco das matérias que leciona e como tem sido esta experiência?

Está sendo realmente uma nova experiência depois de 25 anos dentro de uma sala de aula. Porque nova? Porque o EaD (Ensino à Distância), faz com que o professor desenvolva novas técnicas e utilize novas ferramentas para alcançar seus alunos.

Logicamente, a tecnologia é a principal delas. Desde o início de 2015 venho atuando como tutor não só em música mas em outras áreas do conhecimento também. Especificamente no campo musical, este ano, assumi as disciplinas de Estruturação e Percepção Musical e também História da Música Popular Brasileira.

Tenho buscado, através destas duas disciplinas mostrar que prática e teoria são elementos indissociáveis e que, há maneiras de se compartilhar aprendizado e conteúdos, fugindo das maneiras mais conservadoras de ensino musical.

4   4- A música na escola voltou a ser inserida como conteúdo obrigatório no Brasil desde 2011. Acredito que pensando nisso muitas faculdades abriram cursos presenciais ou à distância para graduar profissionais na área e assim preencher as vagas que por ventura apareçam. Como anda este processo de regulamentação e obrigatoriedade do curso de música nas escolas? Hoje ao seu modo de ver, os profissionais com graduação têm mercado para lecionar? Como anda esta realidade?

Ainda caminhamos a passos lentos, quando o assunto é Educação Musical na Escola. Como você mesmo citou, o que era para ter acontecido em 2011, ainda não é uma realidade consistente. Tem melhorado e crescido sim o mercado, ano após ano. Acredito que só com a graduação de profissionais nesta área é que o mercado irá mudar. Prova disso é que, no último concurso para o Estado, vários Graduados estão assumindo as vagas de antigos professores. Bom para uns, ruim para outros, mas justo para que está investindo.

      5- Você poderia falar um pouco para os alunos como é esta Graduação em Música à distância na Universidade que você leciona? Os objetivos, algumas matérias obrigatórias, público que quer atingir e áreas que ela oferece?

É uma licenciatura, ou seja, voltada para quem quer lecionar música, com foco principalmente na Educação Musical, tanto na escola regular quanto em escolas de música. O objetivo maior é capacitar pessoas para que através da música desenvolvam e despertem em seus alunos capacidades cognitivas, inter-relacionamento de conteúdos, ou seja, aprendam a aprender. No curso, além das disciplinas musicais tais como Estruturação e Percepção, História da Música Mundial e Brasileira, Tecnologia Aplicada a Música, Canto Coral e Regência, Educação Musical e Instrumentos musicalizadores como a Flauta, o Teclado e o violão, há ainda as matérias multidisciplinares como Prática de Formação, Didática, Libras, dentre outras. É uma grade bastante extensa, dividida em 4 anos.

6      6- Que conselhos você daria para o jovem estudante de música que pensa em fazer uma faculdade de Música à distância?

Primeiramente estar consciente que, por ser EaD, não é sinal de facilidade e sim de flexibilidade. Costumo dizer que, aquele que pensa em fazer um curso à distância porque é mais fácil, engana-se! Disciplina, dedicação, foco e determinação são predicados essenciais para seu sucesso. Outro destaque importante é que a licenciatura abre novos caminhos e perspectivas dentro da música. Não só a sala de aula como educador musical mas também a questão de encarar novos desafios de interação da música com outros conhecimentos.

7    7- Para finalizar, como professor como você vê o perfil dos alunos do UNIS? Como eles têm buscado o conhecimento dentro e fora da instituição? E como a tecnologia tem contribuído para isso?

Muito bem. O perfil do aluno não só do UNIS mas de uma forma geral tem mudado muito com o advento da tecnologia. Desde a comercialização até as formas de acesso cultural, tudo gira muito rápido... O que ontem era novidade hoje pode ser banal e ultrapassado. Então, vejo que o papel do aluno é estar em sintonia e ciente destas mudanças para que esteja sempre apto e preparado para novos desafios. Tenho notado isso no UNIS enquanto instituição de ensino, que é justamente essa preocupação na capacitação de seus alunos.

Edgard, quero te agradecer e reverenciar todo aprendizado que tive e tenho com você. Grande parte do que aprendi devo a sua sabedoria e sua forma impar de visualizar a música com outros olhos.

Obrigado por transformar nossa cultura em tantos elementos diferentes. Obrigado por fazer desse blog uma referência cultural e fonte de pesquisa inesgotável.
Um grande e forte abraço musical.

Alex, agradeço imensamente sua participação e suas palavras e tenho certeza que ajudará muita gente interessada em trilhar o caminho da  música a entender os desafios para o estudo da música e assim obter resultados positivos.


Desejo-lhe muito sucesso nesta nova jornada, agora também no ensino superior, e parabéns por todos os objetivos conquistados. Suscesso sempre Alex!




Um comentário:

  1. Olá pessoal. Foi uma honra para mim bater esse papo com o Professor Edgard, grande mestre na educação musical, um dos caras que admiro não só musicalmente e culturalmente, mas principalmente como pessoa ímpar que é. Realmente um cara fantástico. Um aficcionado cultural... Valeu Edgard
    Enfim, curtam nossa prosa...
    Abração...

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